Release
BALÉ RALÉ
Temporada de 02/09 a 11/09.
De Sábado a Segunda às 20:30h
Sessões extras:
Dia 08/09 - Sexta-feira às 18:00h e às 20:30h
Classificação: 16 anos
Ingressos: 40 inteira / 20 meia / 15 convite-amigo
Bilheteria: Quinta a Segunda das 17h às 21h
Balé Ralé, sétimo espetáculo de TEATRO DE EXTREMOS tem direção de Fabiano de Freitas e se debruça sobre a obra de Marcelino Freire. Esta é a segunda temporada depois da estreia na Ocupação Marcelino Freire - Palavra Amassada Entre os Dentes, no SESC Copacabana, em maio e junho deste ano.
A cia já conta com 12 anos de trabalho continuado e atuação ininterrupta. Balé Ralé fecha uma trilogia iniciada com ‘Feriado de Mim Mesmo’ (2011) e ‘O Homossexual ou a Dificuldade de se Expressar’, de Copi (2015), espetáculo ainda em repertório. Desta vez parte da teatralização da obra do escritor Marcelino Freire. No elenco Blackyva, Leonardo Corajo, Mauricio Lima, Samuel Paes de Luna, Tatiana Henrique (stand in), Vilma Mello e Juracy de Oliveira (stand in).
Os textos de Marcelino Freire dão continuidade à pesquisa da cia na reflexão das questões da diversidade e seus reflexos sobre o homem contemporâneo, numa cena contundente sobre os limites do corpo, da sociedade e sua potência transformadora. A obra de Marcelino expande nossas noções de marginalidade. Nos últimos tempos, a pesquisa do Teatro de Extremos vem se debruçando sobre as questões referentes à discussão de gênero. Não se trata de ter estas questões meramente como tema, mas sim em entende-las como fundamental no próprio desenvolvimento da linguagem quando ela desempenha um papel na relação entre artista e público. O último trabalho, mergulhado na obra de Copi, nos “autoriza” a ampliar esta reflexão, pensando na desconstrução de gênero e nos espaços interditos quando tratamos desta questão à luz da contemporaneidade. Quando nos deparamos com a obra de Marcelino Freire este exercício se potencializa, já que se dá através do desenho de personagens densos, marginais e polêmicos, que se colocam em fricção em relação à normatividade. Trazer à tona estas questões são também uma forma de continuar pensando o próprio mundo. Em Balé Ralé essa nova força aparece em velhos ícones da marginalidade. Antigos porém urgentes porque, em suma, são uma representação pungente sobre a perene busca humana pela liberdade.
Os personagens de BALÉ RALÉ carregam o mundo nas costas, as dores e os amores. E isso tudo tem uma origem específica: são pedaços vivos, rejuntes da própria matéria social brasileira. São personagens que desabafam palavra e por ela desabam. São pedaços vivos de cotidiano compondo um vozerio. Balé Ralé é uma peça sobre vozes e sobre corpos impondo ao público o lugar de escuta. Personagens que são como vulcões em erupção, em momentos-limites, extremos, prontos pra matar ou morrer. Personagens que são monstros, seres atolados que decidem dizer o que escutam nos seus próprios corações. Portanto: um depoimento. Trata-se de uma escrita veemente e visceral que perpassa a ideia de memória, reinvenção, amor, ódio, vingança e miséria, portanto uma obra sem receio de ser marginal, por ser esta a questão principal. A obra de Marcelino nos apresenta a rua. O território de ninguém e ao mesmo tempo de todo mundo.
FICHA TÉCNICA
Texto: Marcelino Feire
Concepção e Direção: Fabiano de Freitas
Elenco: Blackyva, Leonardo Corajo, Mauricio Lima, Samuel Paes de Luna, Tatiana Henique (Stand In), Vilma Mello e Juracy de Oliveira (Stand In)
Direção de Movimento: Marcia Rubim
Luz: Renato Machado
Direção Musical: Gustavo Benjão
Cenário: Pedro Paulo de Souza e Evee Avila
Figurinos: Luiza Fardin
Pesquisa Visual: Evee Ávila
Visagismo: Josef Chasilew
Assistência de Direção: Juracy de Oliveira
Equipe Quintal Produções:
Direção de Produção: Veronica Prates
Coordenadora Artística: Valencia Losada
Coordenadora de Planejamento: Maitê Medeiros
Produtor Executivo: Thiago Miyamoto
Coordenador Técnico: Iuri Wander
Idealização: Fabiano De Freitas
Realização: Teatro de Extremos + Quintal Produções