Release
Lançamento do álbum Monolito e do clipe “ Clarão no Circo “ às 20:15 na Audio Rebel
Valor: 20R$
Clipe
direção e roteiro: Diogo Brandão
direção de fotografia, edição e filmagem: Marcelo Fedrá
Show
Direção musical: Ivo Senra
Banda:
Ivo Senra: Sintetizadores
André Siqueira: Guitarra
Pantico Rocha: Bateria
Ouça o álbum no Spotify:
https://open.spotify.com/album/0tufpB2oKG5TKoMniuTC3G
'' Rica paleta instrumental valorizando ainda mais composições igualmente ricas, no escaninho de uma MPB contemporânea e expandida"
Antônio Carlos Miguel
"A referência a verso-síntese de um dos petardos mais perfurantes do repertório do grupo Titãs nos anos 1980, Comida (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sergio Britto), explicita influências que pautaram Pedro Ivo na concepção de Monolito, disco produzido por Apoena. Chamar o vento (Pedro Ivo e Renato Frazão) ecoa no ar e no título a referência a um mestre-ourives da música brasileira, um certo Dorival Caymmi (1914 – 2008). Além da MPB e do cool jazz, as obras de Milton Nascimento e da islandesa Björk também serviram de inspiração para o amalgama eletroacústico eletrônico construído por Ivo em Monolito "
Mauro Ferreira
Monolito
'' E lá vai o artista tornado/ esculpir uma nova nave/ num monolito sonhado/ do outro lado do tempo/ seu único aliado''
(Pedro Ivo/ Mauro Aguiar)
''Monolito'', terceiro disco de Pedro Ivo Frota lançado pela gravadora Biscoito Fino, nasce ciente do desafio e responsabilidade de defender com originalidade uma canção contemporânea que bebe na fonte da rica tradição da música brasileira.
O disco é marcado por arranjos inquietos que misturam elementos eletrônicos (sintetizadores) com acústicos e elétricos (violão, guitarra, piano, cordas, madeiras, metais) executados por uma banda de extrema competência:
- Ivo Senra (sintetizadores); André Siqueira (Violão/ Guitarra); Lúcio Vieira (bateria); Bernardo Aguiar (percussão) e André Vasconcelos no baixo acústico e elétrico.
Todos os arranjos para coro, sopros e cordas foram feitos por Pedro Ivo que contou com a participação do grupo de sopro ''Inventos'', um quarteto de cordas arregimentado pelo violoncelista Pablo Arruda e o violonista Dhian Toffolo e as vozes de Ana Ughana, Luiza Borges, Taynã Frota, Aline Paes e André Muato.
O cd foi produzido por Apoena cantor e compositor da banda “ Rann”, morador de NY há 7 anos e atento ao que melhor se produz na música do mundo; e mixado pelo engenheiro de som Fernando Lodeiro que tem na bagagem alguns Grammys, entre eles o disco ''Radio Society'' da Esperanza Espalding.
A fusão do antigo/tradicional com algumas referências do pop internacional como Bjork e Hiatos Kaiyote somada à busca por uma estética experimental é muito bem dosada e marca o disco do começo ao fim.
O repertório nos remete à música brasileira mais genuína que passa por Milton e Caymmi, evidente em faixas como '' Chamar o Vento''e ''As mãos de Yemanjá''. Não poupa ousadia poética, melódica e harmônica. Além disso, o disco passa por baladas que lembram o cool Jazz de Chett Baker e Billie Holiday assimilado por João Gilberto, também presente na música de Guinga. As canções '' Já não há madrugada'', '' Querência'' e '' Da poeira fez-se o pão'' são ótimos exemplos.
Assimilar o passado de forma crítica pode ser mais ousado do que uma busca muitas vezes inócua do novo pelo novo. Os discos "Quanta" e "Livros" dos tropicalistas Gil e Caetano e ''Falange Canibal'' do pernambucano Lenine são exemplos dessa ousadia e serviram como referências na produção do disco.
Apenas uma faixa é somente da autoria do cantor, todas as outras 11 faixas do disco são em parceria com outros compositores como Thiago Thiago de Mello, Diogo Brandão, Renato Frazão e Mauro Aguiar, que além da faixa-título, também é parceiro na canção '' A fama e a fome'', sem dúvida a mais irônica do disco, que conclui com a pergunta provocativa no refrão:
''Vc tem fome de quê? Vc tem fama de quê?''