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APONTE é um show de Doralyce e Grupo Maracutaia que reúne música, dança, teatro e poesia e que retrata nossas maiores referências: a cultura de matriz africana; os povos originários e a cultura européia. APONTE conecta -através da arte- nosso mundo urbano e caótico a lugares sagrados e lúdicos como em um grande ritual.
O repertório é composto por músicas autorais em ritmos como coco, maracatu, ijexá e samba, que garantem um show dançante. As raízes da cultura popular entram em cena como elementos da história, com momentos de denúncia social, luta por liberdade e principalmente dando voz aos brasileiros pelo direito de exercer sua fé de raiz ancestral. Um verdadeiro ato contra o racismo e a intolerância religiosa em forma de músicas que versam sobre o saber dos Terreiros, democratizando o acesso a conteúdos artísticos e culturais dos povos que foram trazidos da África para o Brasil e que aqui foram ressignificados, contribuindo enormemente para nossa formação política, social, cultural.
APONTE remete também a “apontar”. Verbo múltiplo, como os artistas que se reúnem nesse show para “designar com voz e gestos” os caminhos para um mundo mais justo. Apontar é também germinar e nos tempos áridos para a cultura, é fundamental criar espaços férteis, onde os afetos possam florescer. Venham compartilhar esse ritual de conexão com a musicalidade, ancestralidade, alegria e fé da cultura brasileira.
DORALYCE é cantora e compositora pernambucana que acredita no poder da arte para revolucionar a sociedade, promovendo reflexão profunda sobre o papel das vozes que foram historicamente silenciadas. Como artista, mulher, negra e nordestina, faz do seu canto uma forma de resistência e empoderamento. Seu repertório autoral conta com mais de cem músicas que tratam de temas como política, ancestralidade, empoderamento da mulher negra e principalmente força da fé das culturas de matrizes africanas.
Começou sua carreira no berço de importantes movimentos culturais e estéticos, o sítio histórico de Olinda. Lá, Doralyce cresceu sob a influência do " OlindaStyle" e " manguebeat". Ao vir para o Rio de Janeiro, seu trabalho se potencializou ao dialogar com a cena teatral carioca, por meio da companhia Gene Insanno e com a cena artística independente, através dos movimentos de ocupação e resistência cultural, em que teve expressiva atuação. Em sua breve e produtiva trajetória, Doralyce passou por importantes palcos do Rio como Canecão e Circo Voador e fez turnê por Bahia e Pernambuco. Além disso, cantou ao lado de nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso, Beth Carvalho, Arlindo Cruz, João Donato, Criolo, Abayomy, além dos blocos Tambores de Olokun e Agytoê e a Cia. teatral Teatro de Afeto.
O encontro sonoro com o grupo Maracutaia foi concebido para fortalecer a luta pela liberdade religiosa e valorização dos tambores e percussões africanas que neste espetáculo, pode-se dizer que é o coração do som.
MARACUTAIA é um grupo formado por 9 músicos e 3 bailarinas, que em 2017 completa doze anos de pesquisa e prática no universo da cultura popular brasileira e ritmos de matriz africana. Atualmente desenvolve os seguintes projetos artísticos e culturais:
BOCA DE NEGO, que nomeia seu 1º CD de repertório autoral e espetáculo autoral multilinguagens.
Bailijesá. Um show com extenso e variado repertório de ijexás e ações performáticas que compõe uma noite de imersão no ritmo.
Oficinas de dança e percussão nos mais varidos e envolventes formatos.
Bloco de Maracatu de Baque Virado, que mobiliza uma multidão no período do carnaval, figurando um dos mais importantes blocos da retomada do carnaval carioca.
Na extensa trajetória do Maracutaia, passaram pelos principais palcos e movimentos de rua da cidade, além de ter dialogado com dezenas de artistas. Nesse encontro com Doralyce, o grupo afirma seu lugar de diálogo com a música autoral e independente, fomentando a cultura afrobrasileira através de ações que vão além da música.
A PRODUÇÃO fica por conta do Coletivo 22, etnohaus e Alquimia Cultural, três dos mais expressivos coletivos independentes da cidade do Rio de Janeiro que se unem na missão de aproximar diferentes territórios artísticos e estéticos, potencializando a cena independente e autoral carioca.