Release
Audio Rebel Convida #1
Curadoria: Chico Dub
14 a 20 de março
Na estreia do projeto Audio Rebel Convida, o curador e produtor cultural Chico Dub assume a direção artística da casa por 1 semana. Música de concerto contemporânea, improvisação livre, ruidismos eletrônicos, instalação sonora, música generativa, dança, performance, fotografia e bate-papo com artistas brasileiros e internacionais fazem parte da programação.
Aproximações musicais com diversas formas artísticas; outras facetas de músicos e artistas próximos ao universo da Audio Rebel/Quintavant; flertes com arte sonora; desconstrução do que se espera de uma casa de shows; e propostas musicais diferentes da programação regular da casa foram alguns dos pontos abordados por Chico em sua curadoria. Uma grande celebração do que é a Audio Rebel encerra a programação no domingo. “Musicircus”, performance de John Cage executada pela primeira vez em 1967, em Chicago, convida todo o tipo de músico, sem regras e sem partitura, para tocar simultâneamente em uma grande catarse sonora.
Os ingressos custam 20 reais e começam às 20:00. A exceção é a performance de domingo, dia 20, que tem entrada gratuita e início às 18:00.
____DIA 1, segunda, 14/03____
Abstrai Ensemble
____DIA 2, terça, 15/03____
duo de dança sonora e baixo eletrico com Bruna Lobo + Felipe Zenicola
Somnomono (Paulo Caetano + Julia Malafaia)
____DIA 3, quarta, 16/03____
Beam Splitter (NO/US) & Thomas Rhorer
____DIA 4, quinta, 17/03____
NikoLFO apresenta: Hanz Memorial Performance (FR/DE)
AA..LL (DE)
____DIA 5, sexta, 18/03____
_Marcia Nemer Jentzsch apresenta: Estudo de Paisagem
Sonorização: Luisa Puterman
____DIA 6, sábado, 19/03____
_Negativos e Positivos
Prévia de livro e exposição de fotos de Mauricio Valladares seguido de bate-papo com o artista, Raul Mourão e Chris Calvet
____DIA 7, domingo, 20/03____
_John Cage’s Musicircus
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_Abstrai Ensemble
https://www.facebook.com/AbstraiEnsemble/
O Abstrai Ensemble nasceu por iniciativa de Pedro Bittencourt em 2005, tendo feito concertos na França e Alemanha. Desde 2011, se apresenta no Brasil com formações variadas (voz, flauta, sax, clarineta, violão/guitarra, piano, violino, cello, contrabaixo, percussão e eletrônica).
O grupo integra desde o uso de novas tecnologias e instrumentos musicais tradicionais até a improvisação e indeterminação na música. Os concertos são geralmente comentados, objetivando fornecer ao público dados que estimulem a apreciação das obras. Um dos principais objetivos do Abstrai Ensemble é o de estimular a produção de novas obras musicais.
_Bruna Lobo + Felipe Zenícola
Duo de dança sonora e baixo eletrico com Bruna Lobo e Felipe Zenicola (baixista do Chinese Cookie Poets).
_Somnomono
Proposta de experimentação audiovisual onde Paulo Caetano (bemônio, Comodoro SL/E) e Julia Malafaia remontam fragmentos capturados da realidade vivida desconstruindo no ambiente partes da paisagem apreendida.
Um exercício de criação intuitiva com narrativa aberta, Somnomono surgiu durante a produção da exposição Genealogia em outubro de 2015. A mostra tinha como viés principal o “processo em andamento” em si. A ausência de um formato fechado foi um convite para que a dupla testasse a parceria captando os ruídos emitidos durante a montagem da exposição coletiva e os remontassem no dia da abertura.
Para a apresentação na Audio Rebel, vestígios da natureza contemplada irão se transformar em paisagem sonora.
_Beam Splitter (NO/US)
www.beamsplitter.org
www.audreychen.com
www.henriknorstebo.com
Beam Splitter é um duo formado pelo norueguês Henrik Munkeby Nørstebø e pela norte-americana radicada em Berlim Audrey Chen que utiliza como fontes sonoras o trombone, o cello e a voz.
Educado na música improvisada e no jazz das academias de música em Gotemburgo e Oslo, Henrik Munkeby Nørstebø é um trombonista que trabalha principalmente nos campos de música contemporânea. Uma relação ambígua com o trombone o levou a explorar tanto o lado violento e estridente do instrumento, assim como o seu contraponto em possibilidades sonoras eletrônicas e microscópicas. Utilizando um amplo espectro de técnicas, de longos tons puros ao noise e ao quase inaudível, Nørstebø muitas vezes trabalha equilibrando o intuitivo com a precisão construída.
Audrey Chen é uma musicista chinesa-americana que nasceu numa familia de cientistas, doutores e engenheiros nos arredores de Chicago em 1976. Utilizando violoncelo, voz e ocasionalmentes eletrônicos analógicos, Chen trabalha a sua própria versão de narrativa e narrativa não-linear. Um grande componente de sua música é improvisada e sua abordagem para isso é extremamente pessoal e visceral. Chen, uma colaboradora de artistas como Phill Minton, Maria Chavez, Nate Wooley e C. Spencer Yeh, explora como poucos a voz como instrumento primário.
_Thomas Rohrer
Thomas Rohrer é um músico suíço radicado no Brasil especializado em improviso livre, mas que acompanha artistas populares como Juçara Marçal, Nelson da Rebeca e Marcelo Camelo, entre outros. Além da rabeca, toca saxofone e é integrante de grupos de música brasileira tradicional (como A Barca e Ponto BR) e de conjuntos de improvisação livre, como o Coletivo Abaetetuba – do qual o percussionista Panda Gianfratti, também faz parte. Em seus projetos busca explorar ao máximo as diferentes possibilidades sonoras dos instrumentos.
_NikoLFO (FR/DE)
http://nikolfo.com/
Nicolas Lefort a.k.a. Niko “Shaddah” LFO é um músico e artista sonoro baseado em Berlim que opta por conceber os seus próprios instrumentos, manipular o código na fonte e usar a plena potencialidade que a tecnologia de áudio pode oferecer. Seus projetos atuais variam de eletrônica-experimental para clubes de dance music à música para ambientes sonoros interativos e composição generativa.
Aluno e assistente do Prof. Alberto de Campo na Universidade de Artes de Berlim, Niko produz techno-noise-industrial via Shaddah Tuum (junto com Brandon Rosenbluth), assina a unidade dark-psicodélica reliq, realiza curadorias para o selo e coletivo de artistas Portals Editions e é metade do projeto multi-instrumental de improvisação e noise Tronc.
Sua “Hanz Memorial Performance” consiste num sistema de som 4.2 onde o público presente e o músico compõe um complexo corpo vibrátil, misturando harsh noise e sound design dentro de uma estrutura generativa que abraça vários cenários. O material sonoro da performance assimila obras raras do corpo de trabalho do esquecido artista avant-garde de música concreta Hans Nibbler. A composição generativa enfatiza a pesquisa de Hans e suas aplicações na música de causalidade circular cibernética, sistemas auto-reguladores e objetos auto-referenciais.
_AA..LL (DE)
Também conhecida como AA..LL, Andrea Lange realiza colagens sonoras experimentais a partir de instrumentos eletrônicos construídos. Baseada em Berlim, já tocou em festivais internacionais como WRO (Wroclaw, Polônia), re:new (Copenhagen, Dinamarca) e Transmediale (Berlim). Além da sua atividade artística, AA..LL realiza workshops de construção eletrônica DIY e outros métodos criativos para adultos e crianças.
“Comecei minha carreira construindo circuitos eletrônicos focando em ritmos simples, repetições e oscilações puras. Hoje em dia, minhas performances sonoras são muito influenciadas pela praxis da meditação e também pela minha primeira viagem ao sul da Ásia (2011/2012), local onde comecei a recolher momentos sonoros. O meu objetivo é levar as pessoas a um estado de espírito onde a experimentação é mais forte do que qualquer pensamento. Nos meus concertos improvisados eu utilizo principalmente osciladores DYI de onda quadrada, um pequeno sintetizador modular e gravações de campo que eu registro em diferentes partes do mundo".
_Márcia Nemer
Márcia Nemer-Jentzsch é diretora, performer e atriz. Durante sua formação artística, transitou por diversas áreas e sua trajetória procura unir a profundidade do pensamento teórico com a experimentação prática. Seu trabalho foca em questões relacionadas a presença e ausência e seus desdobramentos sobre a performance. Nascida em Minas Gerais, morou e trabalhou em cidades no Rio de Janeiro, Frankfurt, Copenhague e Berlim. Atualmente em São Paulo, trabalha com o coletivo Bobik & Sofotchka.
_Luisa Puterman
Luisa Puterman vive e trabalha com som. Suas pesquisas e projetos exploram histórias, possibilidades, problemas e outros aspectos sobre composição e percepção sonora. Nos últimos anos, participou de festivais, residências e exposições com FILE-SP; 18th Japan Media Festival; FIVAC – Camaguey, Cuba; FIF-Belo Horizonte; Red Bull Music Academy (Paris 2015) e outras ocupações sonoras. Luisa também atua como produtora musical, engenheira de som e sound designer.
_Negativos e Positivos
“Maurício toca o melhor, o inesperado, o diferente, o novo, o antigo, o divertido e o lado B da música. Às vezes, o lado A também”.
Carlos Albuquerque
Mauricio Valladares, o Mau Val, é radialista, DJ, jornalista e fotógrafo. Seu interesse pela música o levou a fotografar, resultando no registro de grandes nomes da música brasileira como Gilberto Gil, Lulu Santos, Rita Lee e Hermeto Pascoal, e internacional, como Bob Marley, David Bowie, Led Zeppelin e The Who, além do registro de pessoas no seu dia-a-dia e em interação com a cidade. A pessoa é o objeto de interesse da sua fotografia.
“Negativos e Positivos” é o nome de seu próximo livro como fotógrafo. Possui curadoria de Raul Mourão, design de Christiano Calvet e será lançado pela editora Automatica. Uma exposição de fotos com o mesmo nome será produzida pela Galeria Lurixs.
Na Audio Rebel, Mauricio, em compania de Mourão e Calvet, faz um prévia do livro e da exposição regada à muita música e bate-papo.
_John Cage’s Musicircus
“Você não vai escutar nada: você vai escutar tudo.”
John Cage
Executada pela primeira vez em 1967 na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, Musicircus, de John Cage é uma interpretação simultânea de diferentes estilos, instrumentos e solistas no mesmo espaço, de forma livre e indefinida. Não há regras ou partituras: todos tocam ao mesmo tempo o que quiserem, pelo tempo que os convir. Sua fundação é paralela à ideia cageana da existência permanente e ativa de múltiplos centros que interagem. O público presente enfrenta o desafio de presenciar um trabalho cujo poder musical é fragmentado, diversificado e complexo: toda a obra está espalhada pelas infinitas possibilidades que se abrem para a escuta.
Conhecido por seu uso de instrumentos musicais não-convencionais, pela pioneira utilização da indeterminação e por sua exploração na música eletrônica e eletroacústica, John Cage foi um das principais nomes da vanguarda do século 20.