Centro Cultural São Paulo

26 nov 2016
14:00
São Paulo – SP

Release

EDUCAÇÃO MUSICAL SOB PERSPECTIVAS DE
GÊNERO E FEMINISMOS

26/11, sab, 14h-18h, Sala de Debates do CCSP.

Com as educadoras, artistas e pesquisadoras Eliana Monteiro da Silva (mediadora), Barbara Biscaro, Camila Zerbinatti, Isabel Nogueira e Vanessa Rodrigues.

Onde estão as mulheres na música? Por que se observa uma maior quantidade de homens do que de mulheres atuando profissionalmente com música? Quais os caminhos para ampliar a participação e visibilidade das mulheres na música? Em que medida essas questões se relacionam com o campo da educação musical? Quais são as possíveis causas, problemas e desafios a serem enfrentados tanto no âmbito do ensino formal de música (do ensino infantil ao ensino superior), quanto em cursos livres, oficinas, festivais etc. Este debate pretende discutir questões como estas, buscando mapear o cenário atual e propor alternativas que possam contribuir posivitamente para sua transformação.

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Programação completa da Encontra Sonora 2016:
https://www.facebook.com/events/812116158930072/
http://www.sonora.me/
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~Barbara Biscaro~
Sou intérprete-criadora e pesquisadora vocal, e venho estudando linguagem e pedagogias vocais para o teatro e a música ao longo dos últimos doze anos. Fiz um Doutorado em teatro pelo Programa de Pós Graduação em Teatro da UDESC, mas sempre privilegiei as funções de cantora e atriz, sendo muitas vezes também preparadora corporal e vocal de atores/atrizes e cantorxs. Já ministrei oficinas e circulei com espetáculos e performances em diversas partes do Brasil e em países como Argentina, Itália, Bolívia, França, Inglaterra, País de Gales e Chile. Leciono atualmente voz para a cena como professora colaboradora na graduação em Teatro da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Meus espetáculos em repertório que pesquisam a palavra cantada em cena são Récita – tudo aquilo que chama a atenção, atrai e prende o olhar (2006/2014) e A Menina Boba (2010/2012). Também sou criadora e coordenadora (juntamente com outras três atrizes) do Projeto Vértice Brasil, um encontro e festival internacional de teatro feito por mulheres, na cidade de Florianópolis desde 2004, um projeto ligado a rede internacional de mulheres no teatro The Magdalena Project.

~Camila Durães Zerbinatti~
Nasci em São Paulo, onde comecei a amar a música ouvindo meu pai cantar e adorando escutar um par de fitas cassetes e LPs vezes sem fim. Comecei a estudar música com Fátima Viegas e continuei meus estudos de piano com o mestre Armando Fava Filho. Me apaixonei pelo violoncelo quando o vi na apresentação de uma orquestra jovem no salão da Igreja São Francisco, Jaguaré. Não sei o porquê nem como, mas senti que queria muito tocar aquele instrumento, e aconteceu! Fiz licenciatura em música na USP, pós-graduações em música contemporânea e curso técnico em violoncelo na UFRN, me tornei mestra em musicologia-etno-musicologia na UDESC, continuando as pesquisas sobre música contemporânea e performance para violoncelo. Neste caminho descobri as mulheres compositoras e me descobri mulher e feminista. Sou educadora há 14 anos, trabalhando na educação infantil e instrumental, de crianças, jovens, adolescentes e adultos. Sinto que as coisas acontecem todas juntas: tocar, aprender, criar, educar, descobrir, sentir, pensar, pesquisar, vir a ser quem sou – aqui e agora, num fluxo contínuo.

~Eliana Monteiro da Silva (mediadora)~
Sou pianista, professora e pesquisadora. Iniciei meus estudos de piano com Walkyria Passos Claro aos sete anos, e foi em sua escola – Escala Atividades Musicais – que comecei a dar aulas de piano e Musicalizacão. Tinha então quinze anos. De lá para cá cursei Bacharelado em Piano na Faculdade de Música Carlos Gomes, Mestrado e Doutorado em Música na ECA-USP, e desenvolvo pesquisa de Pós-Doutorado sobre Compositoras Latino-americanas na mesma universidade. Meu orientador tem sido o Prof. Amilcar Zani. Minha busca pela história das mulheres na chamada música erudita iniciou-se em 2006, quando ingressei no Mestrado para analisar as composições de Clara Schumann. Minha dissertação deu origem ao livro “Clara Schumann: compositora x mulher de compositor” e ao CD Clara Schumann: lieder e piano solo, gravado em parceria com a cantora Clarissa Cabral. Clarissa é minha parceira no Duo Ouvir Estrelas, voltado à divulgação de composições de mulheres (www.duoouvirestrelas.com). Outras musicistas importantes na minha formação são Beatriz Balzi e Heloisa Zani. Faço parte do grupo Polymnia, em cujo site escrevo a coluna “Compositora do mês”, e da rede Sonora, voltada a questões de gênero na música.

~Isabel Nogueira~
Comecei meus estudos de piano aos oito anos com a professora e compositora Sodrelina Hallal, na cidade de Pelotas (RS). Ali também estudei no Conservatório de Musica e fiz a graduação em piano na UFPel. Durante a graduação, costumava compor, me interessei por música e gênero e criava espetáculos combinando música, dança e poesia. Fiz o doutorado em Musicologia na Espanha, e quando retornei ao Brasil prestei concurso para a UFPel, onde estive por quinze anos, dez deles como diretora do Conservatório de Musica. Ali criei um Centro de Documentação Musical, e me dediquei a estudar iconografia de mulheres interpretes. Organizei em 2012 o Encontro Nacional de Mulheres da MPB, e em 2013 me transferi para Porto Alegre, para a UFRGS, onde trabalho no curso de música popular e no PPGMUS. Organizei com Susan Campos um livro sobre estudos de gênero e música e atualmente trabalho com criação musical e performance, combinando voz, sintetizadores e gravações de campo. Participo do Coletivo Medula de Experimentos Sonoros (RS) e tenho o duo StranaLektiri, com a artista sonora Leandra Lambert (RJ). Lancei os discos Vestígios Violeta (2014), Impermanente movimento (2016, com Luciano Zanatta), Voicing (2016), e LusqueFusque, (2016, com Luciano Zanatta e Chico Machado).

~Vanessa Rodrigues~
Nasci em Londrina – PR. Comecei meus estudos em Música aos 15 anos, ao violino. Me graduei em Ed. Artística/Música pela UFMT (2005), onde estudei com Roberto Victorio. Decidi estudar composição no Mestrado e ingressei na Linha de Pesquisa em Processos Criativos da Unicamp (2008), sob orientação de Silvio Ferraz. Dos trabalhos, destaco a peça “A quem interessar possa…” que foi objeto de estudos do Doutorado de Fabio Presgrave (UFRN). Participei da coletânea de estudos “Violoncelo”, da Bienal de Música Contemporânea do Mato Grosso (2006, 2008, 2010) e do Evento de Teoria Feminina e Música (2013) do Hemington College (Utica, USA), com a estreia da peça “Al Cielo” pela celista Giovanna Lellis. Atualmente, moro em Campinas e trabalho no Ensino Fundamental na Rede Pública Municipal de Hortolândia dando aulas de Música em escola integral, com ênfase em Musicalização e Canto. Desde 2015, em parceria com Prof. Henrique Nakamoto – IFSP – Campus Hortolândia, desenvolvo projeto de construção de instrumentos musicais alternativos, os “TuboTons”. A partir do eixo temático “Etnias e Africanidades”, me dediquei à divulgação e história da música africana, suas influências nos povos latinos e europeus e, tenho trabalhado junto com ao alunos ritmos de base africana: Candombe, Afroxé, Salsa etc.; bem como músicas em ioruba e africâner, dialetos de origem da África.

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