Release
Eu já escrevi umas dezenas de convites para lançamentos de livro, mas - deus! - nunca um foi tão difícil como este.
Comecei em terceira pessoa, depois mudei para a primeira, e agora estou tentando encontrar uma, entre o editor e o autor, cuja voz seja capaz de se divulgar. Essa voz não existe, portanto, para simplificar:
- "é muito cedo pra pensar" é o meu segundo livro;
- tem 47 poemas escritos durante os últimos seis anos;.
- não cogitei publicar com outra editora senão a nossa - minha e de Mauro Siqueira - porque, né? Santo de casa pode fazer milagre.
- E foi são Mauro Siqueira e outros amigos que me guiaram por esse processo.
A data escolhida foi 31/10.
E, eu sei, muitos de vocês devem estar pensando: caramba, mas é dia das bruxas.
Só que 31/10 também é o Dia Nacional da Poesia, ok?
Abaixo o Halloween, viva a cultura nacional.
Eu sei que os colegas do mercado editorial não são lá muito chegados em lançamento, por isso escolhi um lugar descontraído, com música e bar, pra fazer disso mais do que um "vou chegar lá pra dar essa moral pro dênis" e sim um "eu ouvi happy hour?".
Vejo esse dia como bem mais que um lançamento de livro. Vejo como a oportunidade de encontrar e reencontrar amigos e pessoas queridas.
Portanto, se você está convidado aqui, a sua presença com certeza é importante.
Até lá <3 Abaixo tem o texto de orelha generosamente redigido pelo Marco Lucchesi. E uma descrição do espaço pra quem não conhece conhecer e se animar. Até lá de novo <3 ___________________________________ Conheci Dênis Rubra quando trabalhava no setor de editoração e pesquisa da Biblioteca Nacional. Um sorriso límpido e generoso. Não podia não perceber que se tratava de um poeta. Todo discreto. Sem alarde. Pressentia-se nele um sentimento lírico e musical avançado. Nada acrítico. Ou desarmado. Mas uma vocação para a música de câmara. Mesmo que popular. Com Noel, Cartola e as bandas contemporâneas. A surpresa veio com seu primeiro livro, cujo sistema tonal me capturou, como ouvinte, ou leitor. E com "é muito cedo pra pensar" a confirmação de uma demanda melódica, ou daquela figura da melopeia evocada por Ezra Pound. Dênis pode repetir, na tessitura do dolce stil nuovo, algo que o definiria: "i mi son un che quando amor mi ispira noto". O lirismo bandeiriano com suspeitas cabralinas. Mais o primeiro que o segundo. Fora da pura imanência. Longe da árdua transcendência. No império delicado e luminoso da transparência. - Marco Lucchesi ___________________________________ Idealizado por Antonio Breves, Artista Plástico e curador do Espaço, o Olho da Rua foi todo construído com material reciclado e traz o despojamento de um local onde a estética e arquitetura urbana, dão ao material bruto o status de acabamento, onde menos vale mais. A reciclagem de ideias, os novos paradigmas de ocupação urbana e sustentabilidade, são conceitos que norteiam o Olho da Rua, que foi concebido para ser um lugar imerso em sinergia criativa, cuja proposta é a de ser não apenas um projeto multifuncional; mas também um espaço que convida ao exercício da criatividade, experimentação e de ações socioculturais, creditando à arte seu papel de agente social de transformação, envolvendo educação e compromisso sociocultural. O espaço se propõe a ser um polo irradiador de ideias, uma ponte entre o público e o privado, focando suas ações na interação entre as artes.
