CCBB Rio de Janeiro

24 ago 2016
18:00
Rio de Janeiro – RJ

Release

Quem pode falar sobre o feminino? Existe arte feminista no Brasil? O último encontro do Diálogos sobre o feminino no CCBB Rio vai abordar o tema "Beleza-arte-corpo-militância Black is Beuatiful". O evento terá duas performances e a já tradicional mesa-redonda sobre o tema.

𝐏𝐄𝐑𝐅𝐎𝐑𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄 – 𝟏𝟕𝐡
REGATTA WEEKEND, MODELO 84 – María Sabato
O trabalho propõe a realização de uma sessão de fotos no estacionamento do CCBB, na qual a artista posa junto aos carros que estiverem estacionados na área. Nessa sessão, a artista é acompanhada por uma equipe composta por fotógrafo, maquiador/figurinista e diretor de arte – profissionais que fazem toda gestão da sessão fotográfica, encaminhando o figurino, a maquiagem da artista, o gestual e pose que deve realizar, assim como a escolha dos enquadramentos da foto. Fazendo referência a calendários de borracharia, a artista usará uma indumentária específica para a ação.

𝐏𝐄𝐑𝐅𝐎𝐑𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄 – 𝟏𝟖𝐡
PRÁTICAS ROSAS – SANDRA RODRIGUES
A partir de rituais contemporaneamente caracterizados como femininos, a artista Sandra Rodrigues busca a interação com o público masculino por meio da experimentação direta de práticas cotidianas, em especial a depilação com cera.

𝐌𝐄𝐒𝐀-𝐑𝐄𝐃𝐎𝐍𝐃𝐀 – 𝟏𝟖𝐡𝟑𝟎𝐦𝐢𝐧
BLACL IS BEAUTIFUL: BELEZA-ARTE-CORPO-MILITÂNCIA
Nos Estados Unidos, esse lema que pretendia dissolver a associação das características físicas de afrodescendentes (feições, cor da pele, tipo de cabelo) à feiúra, havia promovido uma rediscussão dos parâmetros de beleza que foi capaz de, em 1973, colocar uma modelo negra, Naomi Sims, pela primeira vez na capa da Revista Cosmopolitan. Em 1974, foi a vez de a Vogue americana estampar uma negra, Beverly Johnson, em sua capa. Apesar de a Vogue Brasil apenas ter reservado tamanho destaque a uma modelo negra, em 2011, com Emanuela de Paula, após trinta e cinco anos de edições brasileiras, o Black is Beautiful teria, já nos anos oitenta, afetado a relação das mulheres negras brasileiras com seus próprios corpos.
No espaço aberto por essa mesa-redonda, pretende-se traçar uma fenda política entre beleza e feiúra: a política se dá na divisão entre qual possui um discurso – a beleza – e aquela que não possui. A feiúra está fora do mapa. Nesse sentido, seria um equívoco assumir que a feiúra teria sido deixada de lado acidentalmente ou como resultado de uma espécie de cegueira burguesa. Faz mais sentido entender a feiúra como sendo posta no lugar em que não há nada para dizer a seu respeito. A beleza é boa, a feiúra é ruim: este é o tipo de oposição que não precisa de explicação, teoria ou debate. Mais ainda, esse é o tipo de ideologia que vem se assegurando nos corações e mentes de cada indivíduo. Isso significa que prestar atenção ao que é mapeado sob o signo da feiúra é inevitavelmente um ato político.

Palestrantes: Rosana Paulino (artista plástica) e Flávia Oliveira (jornalista). Mediação de Roberta Barros.

𝘛𝘰𝘥𝘢𝘴 𝘢𝘴 𝘢𝘵𝘳𝘢çõ𝘦𝘴 𝘥𝘰 𝘦𝘷𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘴ã𝘰 𝘨𝘳𝘢𝘵𝘶𝘪𝘵𝘢𝘴. 𝘈 𝘳𝘦𝘵𝘪𝘳𝘢𝘥𝘢 𝘥𝘦 𝘴𝘦𝘯𝘩𝘢𝘴 𝘥𝘦𝘷𝘦 𝘴𝘦𝘳 𝘧𝘦𝘪𝘵𝘢 𝘶𝘮𝘢 𝘩𝘰𝘳𝘢 𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘥𝘰 𝘪𝘯í𝘤𝘪𝘰 𝘥𝘢𝘴 𝘢𝘵𝘪𝘷𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘯𝘢 𝘣𝘪𝘭𝘩𝘦𝘵𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘥𝘰 𝘊𝘊𝘉𝘉.

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