Release
Pré-venda: 30/10 (R$ 70 no site do Queremos!)
Venda geral: 31/10 (a partir de R$ 80*)
*meia-entrada ou ingresso social (com um quilo de alimento não-perecível)
O duo Ibeyi, que vem arrebatando ouvidos atentos ao redor do mundo com sua mistura única de influências, virá ao Rio de Janeiro em 2018 para uma apresentação no Circo Voador, no dia 1º de fevereiro, em mais uma parceria entre Queremos! e Heineken. A dupla é formada pelas gêmeas franco-cubanas Lisa-Kaindé e Naomi Díaz, e traz em sua música influências do pop, jazz, eletrônico e do canto iorubá, que tem garantido sua presença em festivais importantes, como Coachella, e shows pela Europa, África e Estados Unidos.
Ibeyi, em iorubá, significa “gêmeas”. Como “família” é parte fundamental nas composições de Lisa-Kaindé e Naomi, influências latinas e africanas compõem naturalmente sua música: elas são filhas de Angá Díaz, percussionista cubano de origem nigeriana que integrou o mítico Buena Vista Social Club. Maya Dagnino, sua mãe (e empresária), é franco-venezuelana. Os ancestrais da família Díaz são da Tunísia, Itália e Espanha. Antes de se mudar para a França, as meninas viveram com os pais e a irmã mais velha em Havana.
Esse caldo de referências multiculturais e familiares é a essência do Ibeyi. O primeiro disco, cantado em inglês e iorubá, foi lançado em 2015 pelo selo XL Recordings (que revelou outras cantoras de sucesso, como Adele e M.I.A.), com letras compostas por Lisa entre os 14 e 19 anos. Era uma homenagem ao pai, morto em 2006, e à irmã mais velha, que se foi aos 18 anos. Beyoncé foi “capturada” pelo som de “River” e outras faixas do disco e as convidou para participar de três capítulos de seu álbum visual “Lemonade”, de 2016. No mesmo ano, elas estiveram no Coachella e fizeram um hipnótico show durante um desfile da Chanel em Havana, a convite de Karl Lagerfeld, diretor criativo da grife.
Em setembro deste ano, lançaram o segundo disco, o elogiado “Ash”, em que ampliam sua musicalidade, com Naomi no cajón e no batá, Lisa ao piano, e muitos recursos eletrônicos. “Sua musicalidade agnóstica amplia a aura de inclusão e entrelaça downtempo electro soul, hip hop e jazz ao fervoroso toque do cajón que saúda a cultura iorubá”, avaliou o site Pitchfork, sob o impacto de músicas como “Deathless” (com Kamasi Washington), “No man is big enough for my arms” e “Away away”.
Sobre o nome do disco (“cinza”, em português), as irmãs são poéticas. “Podemos fazer coisas positivas com cinzas”, diz Naomi. “Cinzas podem fertilizar. Ainda há esperança”, completa Lisa. Para ela, o trabalho gira em torno da palavra “transmissão”. “Fui criada por mulheres fortes e independentes, elas me transmitiram isso. Artistas também salvaram minha vida com a arte que transmitiram. Sinto que a coisa mais importante que você pode fazer é transmitir às pessoas sua verdade e sua energia e o que você sente quando faz música”, diz a compositora. “Transmission/ Michellion”, aliás, é nome de uma das faixas de “Ash”, que conta com a participação de Meshell Ndegeocello. O segundo disco é a base dos shows que elas trarão ao Brasil em 2018.
Classificação: 18 anos