Release
Estreia intergalática da mítica banda Jimi Light & The Magical Lovers.
Show de abertura: Arte Novel (20h30)
Jimi Light & The Magical Lovers: 22h
Intervalos: picapes do DJ Silvio Essinger
Comemoração de aniversário de Sérgio Luz (e mais surpresas)
Entrada: R$ 30.
Com nome na lista amiga (joga nos comentários): R$ 20.
Release mágico:
Eleito pela revista inglesa Sounds OK o maior unknown rock myth de todos os tempos, James Edward Lightingale, o Jimi Light, foi um prodígio em vários ramos do conhecimento humano. Alquimista, astrônomo, astrólogo, sensitivo, telepata, homeopata, estenógrafo e bruxo, foi na música, porém, que ele se encontrou. Após ter bebido diretamente na fonte do folk britânico, na infância rural em Straightford-Upon-Apton, Jimi viveu a revolução do rock e da psicodelia nos anos 1960 e saiu-se com uma música indefinível, hipnótica e sentimental, feita de melodias ancestrais, poesia obtusa, eletricidade, sutil erotismo, mansidão e alta dose de espiritualidade.
Os dois LPs que o inglês gravou, e lançou em private press, se tornaram raridades depois que um incêndio consumiu o armazém onde estavam estocados, em Londres. Mas as poucas cópias que circularam foram ouvidas por Paul McCartney, Jimi Hendrix e Brian Jones em momentos cruciais de criação. É fato: sem a inspiração de Jimi Light, alguns dos clássicos do rock que conhecemos hoje teriam sido bem diferentes.
Como muitos de sua geração, em certo momento Jimi foi em busca de um sentido maior para a existência. Em andanças pela Índia, em 1971, ele desapareceu do mapa. Crê-se que foi devorado por um tigre, mas a verdade é que o músico, já pleno de sabedoria, conseguiu cumprir o seu destino: tornar-se luz pura. Uma energia que pode ser canalizada por escolhidos, que para tanto devem se imbuir da missão que Jimi assumiu enquanto ser de carne e osso: ensinar o mundo a cantar a canção primordial, aquela que deu origem a todas as canções que existem: o shivniashi.
E o momento esperado chegou, no Brasil dos anos 1990, no bairro carioca do Pechincha: graças a uma mensagem que Jimi conseguiu, por indução telepática, incluir em uma canção do Roupa Nova ("um pouco de luz nessa vida, um pouco de luz em você"), o menino Sergio teve uma epifania radiofônica, aos 12 anos de idade, e pegou uma guitarra. Com duas semanas de prática, ele conseguia tocar todos os solos de Eddie Van Halen, tal e qual, mas a luz o fez ver que havia objetivos maiores a ser alcançados: viver a vida, ouvir Nick Drake, buscar experiências de engrandecimento e compor as novas canções de Jimi Light.
Depois de muitas peregrinações pelo mundo e de feridas incicatrizaveis em seu pobre e jovem coração, as canções vieram. Mas para que as mensagens de luz, magia e amor pudessem chegar à humanidade, havia um passo mais a ser dado: Sergio teria que encontrar os cavaleiros para empreender a sua cruzada: os Magical Lovers, homens-som, feiticeiros-instrumentistas, amplificadores da sua música.
A única orientação que o espírito de Jimi deixou foi: amplie o seu olhar, eles estão onde você menos imagina. Anos se passaram até o primeiro sinal. Um dia, entre sangrentos hooligans de uma torcida organizada carioca, subitamente ele encontrou o baterista - que hoje só espanca seu instrumento. E, das cinzas de uma infame banda punk de boteco, retirou o baixista-tecladista - homem que, por intervenção divina, agora conhece um pouco mais do que quatro acordes.
Bastaram dois ensaios para que Jimi Light & The Magical Lovers reunissem um repertório de mais de 300 músicas. Chegariam a 3 mil. Passada a fase da depuração, que os levou para mais perto do shivniashi, eles fazem agora a sua estreia para o grande público, no berço da bossa nova, em uma hora de show. Prepare-se para ver a luz.
'Reverend' George V. Sillow, jornalista, crítico musical e escritor inglês
Jimi Light: guitarra e voz
Sil Essinger: baixo, teclado e voz
Rod Garcia: bateria