Release
Essa apresentação no Audio Rebel faz parte de uma série de apresentações de luís capucho no verão de 2018 pelas casas de amigos e casas de shows, acompanhado pelo músico Vitor Wutzki.
O repertório vai desde os discos Lua Singela, Cinema Íris, Poema Maldito, Antigo e também músicas inéditas, mais atuais. Na ocasião, é apresentado o livro mais recente, Diário da Piscina(É editora/2017).
No programa “A voz humana” da Rádio Batuta, a rádio de internet do Instituto Moreira Salles, num episódio veiculado em novembro de 2016 sob o título de “A voz dos marginais”, o poeta Eucanaã Ferraz, entre outros deslocados sociais da música - Bingo
Gazingo, Daniel Johnston, Jandek, Shooby Taylor, Åke Sandin e Bob Vido – diz de Luís Capucho:
“Prosseguimos com um brasileiro, o cantor, campositor e escritor luís capucho. Capucho estreiou como cantor em 1996, no CD coletivo “Ovo”, com a canção “O amor é sacanagem”. No mesmo ano entrou em coma, devido a uma neurotoxoplasmose, que
deixaria sequelas com as quais Capucho teria que conviver. As limitações motoras e os problemas de voz decorrentes, acabaram por marcar uma mudança em sua carreira. Em
primeiro lugar, tais problemas criaram uma magnífica densidade existencial. Quanto à voz, é o próprio Capucho quem observa em um de seus livros, chamado “Mamãe me adora”:
“Minha voz é muito estranha, por causa da minha incoordenação motora. Tenho dificuldade para pronunciar os fonemas e a força que preciso fazer para dizê-los, incham-me as veias do pescoço. Também para que elas saiam é necessária muita
concentração e, desse modo, as palavras ficam lentas, explicadas, com a pronúncia exagerada pelo esforço em dizê-las. E embora saiam explodidas, altas, roucas e arranhadas, são sempre minuciosas em sua pronúncia.”
“A voz de capucho casa-se exemplarmente com sua música, como se não houvesse sequer separação entre elas. Pode-se pensar em roucos, como Tom Waits ou Leonard Cohen. Penso em Nelson Cavaquinho, na sua aspereza pungente, que como em
Capucho, faz inseparáveis canto, composição, instrumento, palavra e vida.”
De sua seara de compositor, com músicas já gravadas por nomes como Cassia Eller, Pedro Luís e a Parede e por artistas da nova safra da MPB, como Gustavo Galo, Bruno
Cosentino, Ju Martins etc... Capucho que está indo para seu quinto CD, Crocodilo, se junta ao músico paulista Vitor Wutzki - baixo, para com esse sotaque musical que é, ao
mesmo tempo, um sotaque do Brasil que dizem, agora, profundo, apresentar suas canções.
Luís capucho – voz e violão
Vitor Wutzki – baixo
Ingressos: R$20