Release
Marvio Ciribelli lança CD "Vogue Samba-Jazz" no Beco das Garrafas
Foto de Leo Zulluh
O pianista Marvio Ciribelli faz o lançamento do CD Vogue Samba-Jazz, no dia 13 de maio, Sábado, às 22h, no palco do Bottle's Bar, no Beco das Garrafas, em Copacabana. Marvio estará tocando com o baixista Francisco Falcon e com o percussionista Japão. O show também contará com a Participação Especial da apresentadora de TV, Mylena Ciribelli, irmã do pianista, que vai mostrar seu talento também como vocalista.
O novo álbum de Ciribelli estabelece uma relação da casa noturna Vogue, que funcionou em Copacabana, no Rio de Janeiro, entre as décadas de 1950 e 1960 com o Samba-Jazz que teve seu auge no início dos anos 60. Ciribelli acha que, se a Vogue não tivesse pegado fogo, provavelmente seria palco da geração de músicos que criou o Samba-Jazz por volta de 1961. No trabalho, Marvio mostra gravações com novos arranjos para Brejeiro, Turuna e Apanhei-te Cavaquinho, grandes obras de Ernesto Nazareth. Há também um arranjo de Pintinhos no Terreiro, de Zequinha de Abreu; além de músicas autorais como Brienz, Flor do Campo, Guarda-Chuvas Coloridos e Vogue, que dá nome ao trabalho.
Outro destaque do CD é “Romance”, composição também assinada por Marvio, em parceria com Armando Schiavo, que ganhou uma versão especial em espanhol na voz da cantora Raquel Cepeda. Nesse show, Romance será cantada por Mylena Ciribelli. Mylena ainda vai apresentar Sá Marina, de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar, Rosa Morena (Dorival Caimmy) e Carta ao Tom (Toquinho e Vinicius).
Vale lembrar o texto do saudoso jornalista e produtor musical, Antonio Jorge Cavalcanti Netto, sobre Marvio Ciribelli, artista que ele considerava “múltiplo": “Além de exímio pianista é também arranjador, compositor e produtor. Graças a uma acuidade de espírito indiferente a atitudes de qualquer geração e imposições de modismo que, provavelmente, reduziriam seu potencial criativo, encontrou a fórmula pessoal e mais apropriada por meio da livre criação e pelo domínio da matéria prima com que melhor trabalha: a música. Marvio estudou piano erudito e popular, composição e harmonia, com a finalidade de estabelecer um discurso particular, inteiramente seu. Educado e consciente da importância e riqueza de suas raízes brasileiras, utiliza seus matizes e sua rítmica como referenciais ou ingredientes para uma ação inevitável para o improviso, fundamental para um exercício de liberdade que ultrapassa meras expectativas de mercado, rompendo as fronteiras do lugar comum e avançando para o eterno. Com seu inconfundível entusiasmo, Marvio tem feito da música um modo de vida compartilhado, desejoso de estabelecer uma felicidade coletiva, verdadeira e, sobretudo, coerente. Tudo na medida em que o seu coração pede”, ressaltava Antonio Jorge.
De Niterói para o mundo...
Marvio Ciribelli tem um jeito particular de tocar, com muita técnica e criatividade, em cada nota apresentada. Seus arranjos têm influência direta da fase de ebulição da Bossa Nova e do Samba Jazz, de mestres como Luiz Eça (Tamba Trio) e Antônio Adolfo.
Com 18 discos gravados, em quase 30 anos de carreira, Marvio já comandou importantes projetos musicais pelo país e tem trabalhos importantes no campo do Jazz e da Bossa Nova, no Brasil e no exterior, onde se apresentou em quatro edições do Montreux Jazz Festival (Suíça); no Blue Planet in Concert (Alemanha); no Java Jazz Festival 2014 (Indonésia); no Brissago Jazz Festival (Suíça); e nos EUA, onde acaba de fazer mais uma turnê de sucesso.
O pianista Marvio Ciribelli também acompanhou artistas como Bibi Ferreira, Altay Veloso, Arthur Maia, Nilze Carvalho, Vanessa Rangel e Thaís Motta (de quem foi seu produtor por 9 anos).
