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Como parte da The Wrong New Digital Art Biennale, de 20 a 28 de janeiro, a exposição Homeostase recebe no CCSP a instalação em realidade virtual, “Rainbow”, do artista dinamarquês Olafur Eliasson, assim como "Aquaphobia", do também dinamarquês Jakob Kudsk Steensen, ambas disponibilizadas através de uma parceria da Homeostase com a empresa britânica Acuteart. Ambas as obras são inéditas na América Latina.
Com Rainbow, Olafur Eliasson gera um fenômeno natural efêmero, um arco-íris por meio de processos digitais. Assim como um arco-íris só aparece quando a luz, as gotas d’água e o olho do espectador estão posicionados em certo ângulo, a versão virtual só pode ser vista quando o movimento do espectador produz uma correlação entre esses três pontos. Ele desliza dentro e fora da vista por uma cortina de gotículas que caem lentamente enquanto o espectador se move no espaço virtual. Os controladores de mão permitem uma camada adicional de interação com a água virtual. A obra também é inerentemente social: vários usuários são convidados a se juntar ao espaço ao mesmo tempo. Embora geograficamente estejam distantes, as interações com as gotas são visíveis umas às outras, permitindo o reconhecimento da presença do outro e o movimento sobre o espaço virtual com participantes remotos e presenciais. Os interesses de longo prazo de Eliasson na relação entre o eu e o outro e entre o eu e o meio ambiente informaram profundamente essa nova obra de arte, sendo a função multi-participante uma característica que abre caminho para novos espaços para e da arte em VR.
Aquaphobia, de Jakob Kudsk Steensen usa realidade virtual para conectar paisagens psicológicas internas com ecossistemas externos. O trabalho é inspirado em estudos psicológicos sobre o tratamento da aquafobia (medo da água) como ponto de partida para transformar a percepção de nossa relação com os futuros níveis e climas da água. A obra é uma réplica em grande escala do Louis Valentino Jr. Park e Pier em Redhook, no Brooklyn, área extremamente comprometida com a mudança climática com furacões e aumento do nível do mar. A paisagem virtual combina materiais de argila vermelha com espécies de plantas pré-urbanas no Brooklyn e configurações futuristas. Ao percorrer a paisagem, a lama, a água, as infraestruturas subterrâneas, as raízes e as plantas se entrelaçam para formar uma paisagem simbiótica. Enquanto viaja pela paisagem, uma entidade aquática de mudas alienígena o segue e emite sons de mergulho e recita um poema, contando uma história de ruptura entre a paisagem e seu visitante virtual. Em última análise, Aquaphobia usa VR para misturar períodos geológicos passados e futuros, e o trabalho personifica uma paisagem através de uma história de ruptura.
The Wrong - III New Digital Art Biennale ainda apresenta cerca de outras 41 obras de artistas e coletivos nacionais e internacionais que redefinem criticamente a arte digital como um campo de experimentação e investigação intelectual, onde as dimensões digital e analógica, virtual e real se cruzam. Estes artistas exploram a cultura contemporânea, com foco especificamente na conectividade, interatividade em redes da informação e cultura maker. São artistas que, através da experimentação das novas ferramentas disponíveis em um mundo pós-internet, criam novas estéticas, narrativas e soluções formais.
Sob curadoria de Guilherme A.F.Brandão Fonseca e Julia Borges Araña, Homeostase @ The Wrong é uma realização do Ministério da Cultura, Phi Projetos e UGI Projetos Culturais, com patrocínio da Deloitte, apoio cultural CCSP e MIS, e parcerias Absolut, Holy Cow, Garagem Fab Lab, Cinnamon, Arte 1, Acute Art e Studio Olafur Eliasson.
www.homeostase.art.br
www.thewrong.org
www.olafureliasson.net
http://www.jakobsteensen.com