Release
Para comemorarmos o aniversário de um dos maiores saxofonistas John Coltrane, convidamos o AC Jazz Special Quartet, liderado pelo saxofonista AC, para trazer de volta ao JazzB um tributo ao mestre revisitando o álbum “A Love Supreme”, que é sem dúvida um dos ícones do jazz.
Como um dos músicos de jazz mais influentes de todos os tempos, John Coltrane percorreu um trajeto de extremos tanto em sua música como em sua vida em proporções difíceis de se imaginar nos dias de hoje. Não importa qual a situação, Coltrane foi sempre uma referência, tentando encontrar novos caminhos para a o jazz e para a expansão do seu universo musical. Foi o primeiro improvisador do jazz a se libertar das formas curtas de solo - explorando longas passagens improvisadas que extrapolavam um lado dos antigos LPs - e a explorar novos formatos de solo e sendo o primeiro artista de jazz a realizar um álbum inteiro (Interstellar Space) em um dueto com um baterista.
‘A Love Supreme’ foi gravado numa única sessão em dezembro de 1965 num estúdio em Nova Jersey pelo quarteto de John Coltrane: John Coltrane (tenor), Jimmy Garrison (contrabaixo), Elvin Jones (bateria, gongos e tímpano) e McCoy Tyner (piano). Nesse álbum vem à tona a enorme habilidade de compositor de Coltrane. ‘A Love Supreme’ trata-se de uma suíte dedicada a sua busca espiritual e conduzida pela musicalidade e virtuosismo dele mesmo e de sua banda espetacular. Sua espiritualidade transcende a ética de uma religião específica e transparece como a busca do homem tentando chegar a algo maior do que a si mesmo.
A versão do grupo AC Jazz Special Quartet para o álbum ‘A Love Supreme’, nasceu a partir do convite da curadoria de um festival de saxofones em 2010 no Rio de Janeiro. O quarteto é formado por AC (sax tenor) , Marcelo Elias (piano) e Zé Alexandre Carvalho (contrabaixo) e Giba Favery (bateria).
“Ter uma chance de realizar a minha versão de A Love Supreme é um sonho que eu tenho há muito tempo. Algo como se eu estivesse indo pela primeira vez a um lugar que eu conheço muito bem, como se isto fosse possível. Nós não vamos tocar todas as notas da versão original, na verdade, não vamos tocar todas as notas certas nem acertar todas as passagens. O que vamos fazer é um verdadeiro esforço para alcançar o pico mais alto da nossa musicalidade e mostrar a nossa versão da obra de Coltrane. Espero que tenhamos sucesso, mas, não importa o quão bem sucedido formos desde que não sejamos vulgares” AC.
Com AC (sax tenor) , Marcelo Elias (piano), Zé Alexandre Carvalho (contrabaixo) e Giba Favery (bateria).