Release
O Theatro NET São Paulo, na Vila Olímpia, recebe Zélia Duncan no dia 24 de maio, terça-feira, às 21h, para apresentação do show Antes do mundo acabar.
O disco de sambas que a artista prometia a si mesma faz tempo agora pede passagem. Antes do mundo acabar, um samba dolente de Zeca Baleiro e Zélia, dá título ao disco, que reúne canções pinçadas na pesquisa de repertório e inéditas, compostas por ela e vários parceiros.
Com direção musical de Bia Paes Leme, que também produziu o álbum, o show tem cenografia de Simone Mina, que divide a direção com Zélia, com quem vem trabalhando desde o espetáculo Totatiando.
Para apresentar o repertório deste novo trabalho, a cantora e violonista fluminense é acompanhada por Webster Santos, Pedro Franco e Domingos Teixeira, nas cordas, e por Thiago da Serrinha e Pretinho da Serrinha, nas percussões.
Antes do mundo acabar
Desde o elogiado Eu Me Transformo Em Outras (lançado em 2004 e reeditado em 2015), entre outros vários projetos de samba, já havia fortes sinais de que um disco como Antes do mundo acabar aconteceria. Vinda de um CD dedicado às canções de Itamar Assumpção (Zélia Duncan Canta Itamar Assumpção - Tudo Esclarecido - 2013), com 34 anos de carreira e 25 da estreia fonográfica, agora era hora de botar o bloco na rua.
Antes do mundo acabar é um disco de sambas no qual cabem delicadezas, crônica urbana, bom humor, com formação quase minimalista em algumas faixas. “Não sabíamos ao certo, eu e Bia Paes Leme, que seria assim. Mas ela teve a ideia de chamar o Marco Pereira (violonista), com seus arranjos de tanto bom gosto, que achamos que o fato de a essência das canções estarem tão bem retratadas, fazia com que pudéssemos abrir mão da massa sonora mais usual. E ficou mais surpreendente e singular assim. Thiago da Serrinha trouxe tanta riqueza para as faixas que confirmou essa tendência”, define Zélia.
Das 14 faixas, 9 são inéditas, configuração que foi sendo desenhada à medida que o projeto avançava: “Conhecer Xande de Pilares foi fundamental, pois fizemos muitas coisas, rapidamente. Sem programar nada, o disco foi ficando autoral e nisso reside sua maior força, creio eu”, opina a cantora. Além de Xande, que coassina três faixas e dá uma canja no samba No meu país, parceiros como Pedro Luís, Ana Costa, Bia Paes Leme, Zeca Baleiro e Arlindo Cruz dividem a autoria das canções. Com Zeca, Zélia já compôs mais de 10 canções e quando chegou a hora dos sambas, ela mandou a letra e fez uma encomenda ao parceiro para esse disco. “Pedro Luís também deixou sua bela marca. Bia foi muito feliz; sua melodia combinou demais com minha letra. Xande, sempre ao contrário, manda primeiro as melodias. A parceria com Ana Costa é um pouco mais antiga e cada vez mais se reforça e ganha personalidade. Com Arlindo, ele mandou a melodia e só o refrão com letra. Escrevi os versos e ficou assim, deliciosa”, lembra.
Da pesquisa inicial, Zélia Duncan registrou sambas de Riachão (Por que você não me convida agora), Paulinho da Viola (Pintou um Bode), Dona Ivone Lara e Delcio Carvalho (Em cada canto uma esperança) e Moacyr Luz (Vida da minha vida). “São 5 mestres, além de uma linda composição que Pretinho da Serrinha, Leandro Fab e Fred Camacho fizeram especialmente pra mim (Por água abaixo)”, comemora. Apenas na versão digital, o álbum ganha uma faixa extra: Juízo final (Nelson Cavaquinho e Elcio Soares).
THEATRO NET SÃO PAULO
Dia 24 de Mai às 21h
Plateia Central: R$120,00
Balcão I e Balcão II: R$90,00
Classificação: 12 anos